Sim, a vida não é vã,
bem o sei pela manhã
quando intento outro começo,
uma forma restaurada,
se a luz retorna do nada
tornando o nada espesso.
Mas, a vida é... Ou não é...
Já vai me fugindo a fé
quando a tarde se reduz
e as sombras dos estorvos
alastram os seus contornos
pelas veredas sem luz.
A vida... Ela é tão absurda!
Já não interponho dúvidas
à noite, ampla escuridão.
Para o mal que transparece,
para o tanto que fenece,
não haverá explicação.
A vida é inexplicável,
e já se torna impalpável
no meio da madrugada,
Quando, sem nada entender,
me consumo num viver
pendendo à beira do nada.
Sim, a vida não é vã,
bem o sei pela manhã
quando intento outro começo,
uma forma restaurada,
se a luz retorna do nada
tornando o nada espesso.
SATÉLITES
Não tenho pensamentos luminosos.
As minhas, são idéias fosforescentes:
texturas de luz sem incandescência,
meus satélites da alheia ciência,
expostos a eclipses recorrentes.
TRAJETOS
Esforço-me por desviar
a linha circunferente
da minha vida banal,
para, quiçá,
torná-la uma espiral.
Imagem: Monotipia s/ Título de Marcantonio
Bom dia meu amigo
ResponderExcluirQue lindo o que você escreveu sobre estes Ciclos,
bateu fundo!!
abraço
Rosália
(vamos espiralar__________então)!!!
Sim, a vida não é vã!
ResponderExcluirBeijo,
doce de lira
Tudo vai depender de como sentimos o mundo: o que para uns é perda, para mim é ganho! Valeu... vou conhecer melhor a sua arte.
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