Ah, pudesse qualquer poema
aliviar esta apreensão.
Acalmar-me a mente
que febricita
e, aflita,
inventa sombras na escuridão.
Pudesse, pudesse um só poema,
feito remédio,
placebo ou poção,
anular o tédio
que a tudo anula,
e já vir com bula,
posologia
e prescrição.
Monotipia s/ título - Marcantonio
terça-feira, 20 de abril de 2010
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o melhor remédio são doses homeopáticas de versos, diariamente. abraço
ResponderExcluirAssis, obrigado pela visita. É verdade. Ainda bem que para tanto há farmácias tão bem sortidas como a sua. Abração.
ResponderExcluirPessimista esperançoso...rsrs..Gostei. A poesia cura, sim. Fico pensando nisso cada vez que encontro ao acaso versos que me mostram direções impresumíveis. Essas andanças por aqui têm sido, de fato, muito boas. Eu sou uma triste alegre que visita seu espaço e gosta.
ResponderExcluirAbraços
Tânia, obrigado. O seu comentário me fez bem. Que bom que essas pedrinhas que atiro no lago gerem ondas que alcançam correspondências!
ResponderExcluirUm abraço.
Mas não, ele não é capaz, porque brota das mãos do poeta que o faz. E dessas mãos escorre um coração - e é dentro dele que está a solução. ;)
ResponderExcluirBonito de ler. A dor é de doer. Deixa. Assim sara.
Beijo, querido.
Ô Sylvia, obrigado. E o meu poema ainda mereceu uma incidência poética sua. Que bom. Realmente, não dá para pensar o poema como catarse, purgação. Mas talvez como expansão estética que transcende a dor real ao torná-lá impessoal, símbólica. No fundo creio que o poeta está no poema de forma semelhante ao pescador que está na água através da linha e do anzol.
ResponderExcluirUm abraço
Um remédio pra acalentar e abrandar minha dor diária? o amor, suposto, que tanto externa de meu coração...
ResponderExcluirObrigado, Cristiano. Sem dúvida. Aliás, creio que o amor é a própria saúde nos múltiplos sentidos que ele toma ao mover-se por si mesmo. Nós é que enfartamos as veias por onde ele corre ao criarmos feudos e sentidos dominantes neste mundo que pretendemos pequeno.
ResponderExcluirUm abraço.
Moço, realmente o Brasil desconhece Brasília e eu o que conheço é de lembranças antigas que nem são minhas, foram herdadas pelo meu pai. Gostei da tua passagem pelo Letreira, apareça sempre viu ? p.s. que trabalho bonito Monotipia s/ título .
ResponderExcluirSonia, obrigado. Claro que aparecerei, é sempre um prazer.
ResponderExcluirUm abraço.
Adorei o blog. Estou seguindo!
ResponderExcluirPassarei sempre que possível aqui.
um abraço e ótimo final de semana.
http://coffeeblogandcigarettes.blogspot.com/
Obrigado, Veronica. Que bom que você gostou. Um abraço e um belo final de semana pra você também.
ResponderExcluirPudesse eu dialogar com vc para compreender o poema, não para que me expliques, mas para que eu me entenda ao pensar contigo a forma com que consegues expressar vivências em poemas. Muito bom este poema, mas não sei dizer pq...e nem preciso. abraço
ResponderExcluirP>>>
Obrigado pela visita, Petro. Rapaz, acho que essa questão é daquelas já solucionadas por não terem solução. Eu creio que a arte transfigura vivências a despeito do próprio artista. Aliás, o que quer que falemos, sendo artistas ou não, é expressão de vivências múltiplas. Só que o artista consegue manipulá-las na pretensão de torná-las simbólicas. Funde e simula vivências. No caso do meu poema, é apenas uma variação despretensiosa daquela idéia de que a arte torna a vida suportável.
ResponderExcluirUm abração.
Marcantonio,
ResponderExcluirO tédio tem remédio e cura, fica frio, rsrsrs
primeiro brigadim pela visitinha.
Mas sabe que a cara da D. Morte nem é tão feia quanto pintam?
Bem, no meu caso teve cobrança, rs, a conta da farmácia, a do hospital, do CTI, tô indo de trás pra frente pra não assustar vc, rsrs.
Mas ela conhece, e bem, o futuro da gente, só que é bem humorada [ou foi comigo] e brinca de é agora, não é, é, não é. Rs.
Ela é doidinha, isso sim!
Vê se isso é jeito de morte decente? Vir só assustar?
Bitokitas, luz e VIDA!
Volto pra informá-lo que te linkarei ao meu hall de blogs amigos. Abraço literário!
ResponderExcluirElza, é verdade, o tédio tem remédio. E agora ainda sei que tem tratamento preventivo, como esse admirável bom humor e esfuziante amor pela vida que você demonstra e distribui.
ResponderExcluirMuito obrigado,
Beijão.
Ô Cristiano,obrigado mais uma vez.É uma honra para mim e, creia, não são meras palavras.
ResponderExcluirAbração.