Agora me incomodam as palavras
Como moscas expedicionárias
Emitindo
Ultimatos vagos, mas repetidos.
No seu vôo (de geometria arbitrária)
Por desígnio obscuro conduzido,
Montam e desmontam constelações
Com a presteza de um curto zumbido.
E se nelas me concentro, inconstantes
Fogem por diferentes direções.
Na pele deixam aceso um prurido.
Meu lento olhar se eleva e, oscilante,
Procura seus rastros despercebidos
Na atmosfera transitiva e densa.
Quieto, espero o pouso pressentido,
E no descansar das asas semânticas
A unidade breve de um sentido.
MEDIÇÕES
Eu não uso relógios
Para contar esse tempo que detesto.
Através do não-tempo me testo
Ontem, ilógico.
Nada de escalas
Para medir a distância até onde não estou.
Em mim a não-distância perdurou
Hoje, vasta.
E não uso telescópio
Para aproximar as visões que não tenho.
Através das não-visões me empenho
Amanhã, ócio.
INVENTANDO
E
m
p
é
escrevo um poema
de ponta-cabeça
como se eu fora árvore
e fosse ele o vento
preenchendo
os espaços
entre os galhos
e as folhas.
As raízes não são ventiladas.
Marcantonio, Palimpsesto: Le Culte des Ancêtres
Técnica Mista, 2004
Outras imagens minhas AQUI
Palavras incomodas, como moscas, deveriam ser libertadas, lá fora, deixadas voar com o vento. Talvez incomodem porque se sentem limitadas pelas paredes que as cercam. =)
ResponderExcluirLindíssimo o 'medição'. Ontem assisti 'inimigos públicos' e o John Dillinger diz uma coisa legal que vc acaba de me fazer lembrar. 'As pessoas se importam muito com o lugar de onde você vem, quando na verdade é o lugar pra onde você vai que realmente importa'. Aqui é metade do caminho andado. =)
'inventado' não podia ser mais visual e poético. Lindo, como o quadro. =)
Beijoca Marco. =*
Os três são ótimos, gostei em especial das moscas. Nas medi(ta)ções gosto das figuras palpáveis servindo de apoio para o abstrato (relógio/tempo; telescópio/visão). E adorei o desfecho do Inventando. Abraços!
ResponderExcluirSuas telas são belíssimas!
ResponderExcluir... Seus poemas raros!... Dificeis de tatear... adorei!
Caminha tranquilamente por entre as singelezas da vida e as complexidades dos pensares!...
"Inventando"... genial!
Abraços carinhosos =)
a natureza nos sabe tão bem. Lindos poemas!
ResponderExcluirbeijo.
A tela é linda! Os poemas, sempre tão perfeitos em sua forma, versáteis... ah, vou ficar repetitiva, não há palavras para definir sua destreza. =)
ResponderExcluirBeijo.
Estou apreciando o quadro. Depois, passarei para as palavras.
ResponderExcluirBj.
O que é a técnica mista exatamente?
ResponderExcluir"E no descansar das asas semânticas
ResponderExcluirA unidade breve de um sentido."...esse final em especial é lindo...e sua imagem/arte é marcante
Obrigada pelas visitas, Marcantonio! Tudo muito bonito por aqui também. Abraço.
ResponderExcluirOi Marcantonio, gostei muito daqui e pretendo voltar com mais tempo para apreciar e sentir
ResponderExcluirmelhor a beleza de teus poemas e de tuas telas.
Confesso que ainda estou impactada, tua pintura
fala muito forte!
Achei o teu comentário sobre João Cabral de Melo Neto muito bom e gostaria que, se possível, voltasses lá no 'Mínimo Ajuste' para
que me tirasses umas "duvidazinhas"...risos
Um grande abraço
Kenia, a coisa se complica quando a gente se pergunta sobre o que atrai as moscas. Rs. Também é inquietante a expressão "ficar às moscas". Há horas que tenho a sensação de que as palavras estão como que soltas ao meu redor. Nada que tenha a ver com inspiração ou coisas mais nebulosas. De vez em quando elas entram como bólides na atmosfera de sensações e idéias que me elvolve e saem arrastando algumas delas até ficarem de tal forma pesadas que deixam de se mover e caem sobre o papel. As palavras nuas reclamam por sensações e idéias que as vistam, afinal, nós as conhecemos por anos e anos, e, de repente, as utilizamos como se as víssemos pela primeira vez.
ResponderExcluirHumm... Acho que estou perdendo o fio da meada. Mas será que vir deste ou daquele lugar não interfere no rumo que você vai tomar?
Beijo, Kenia.
Fred, obrigado. Gostei bastante do seu comentário. De fato, há nesse Medições uma relação instrumento/função (ou disfunção).
ResponderExcluirAbração.
Marco, eu gostei tanto de Moscas, porque enxergo as palavras ali, pretinhas, em volta, zunindo agitadas no campo periférico da visão, feito a mancha cega do olho, que sempre que tentamos fixar somem no ar. Também tenho essas mosquinhas confusas que, às vezes, atormentam meus ouvidos.
ResponderExcluirmedições eu entendo bem, sou avessa a escalas e medidas...mas, mais interessante foi ver que tens isso dentro de ti, o lado oposto ao de fora. Gostei disso.
muito criativa tua árvore-poema invertida. Eu nunca ia querer ser raiz, me falta o ar só de pensar...rs.
Nesta tela, gosto demais da bicicleta no topo da escada pirâmide, gosto das rodas ao ar. Pensei que, na tradição egípcia, em vez de comida e ouro, ia querer ser sepultada com uma bicicleta (e um par de asas, claro)para uso na próxima vida.rs
um beijo
Nadine, obrigado. Sobretudo pela referência aos trabalhos do artista plástico, que são o meu porto mais seguro.
ResponderExcluirAbraços.
Ô Luiza, obrigado sempre!
ResponderExcluirBeijo.
Lara, obrigado. Você nunca será repetitiva. É curioso você usar a palavra destreza, pois no fundo eu me sinto sempre como se tivesse que reinventar o meu caminho, ou aprender a usar de outra forma o mesmo instrumento para lidar com matéria diferente.
ResponderExcluirBeijo.
Bípede, no caso a técnica mista é a utilização de meios diferentes, como a colagem, a tinta acrílica, o carvão, para compor essa imagem. A figura sobre a escada é o André Breton, papa dos surrealistas; eu a tracei a partir de uma foto da época, batida em frente a uma galeria francesa onde estava sendo realizada uma exposição do grupo surrealista. Assim mesmo, com essa bicicleta no topo da escada. O fundo é cheio de referências à cultura francesa. É um dos trabalhos de uma série que acabei adiando para, quem sabe, retomá-la em outros termos.
ResponderExcluirAbraço.
Adriana, você selecionou os dois versos de que mais gosto e que, de certa forma, dão um sentido ao poema. O pouso é breve porque a poesia é polissêmica, né? O significado é instável, pressente-se uma imagem que num zunido muda.
ResponderExcluirPrazer em vê-la aqui!
Abraço.
Ana, que surpresa boa! Não precisa me agradecer não, porque tenho um carinho grande pelo "O Impossível", e estou sempre atento a uma nova postagem, embora nem sempre comente. Tenho uma grande admiração pelo que já li da sua escrita, pelo trabalho da Daka, e por todas as referências que vocês costumam utilizar ou homenagear.
ResponderExcluirFoi bom vê-la aqui. Espero que volte. Obrigado.
Abraço.
as medições do edifício a que chamamos vida tornam, tantas vezes, as moscas e seus parentes nos seres mais invocados da criação. da ilusão das asas e do voo à dura realidade: todos os seus momentos são de "geometria arbitrária" e infinitamente obscura.
ResponderExcluiro teu poema em pé é genial! pelos sentidos, pela forma, mas sobretudo pela relação (visual e intelectual) que estabeleces entre um e outro. queria apenas confidenciar-te o que escutei do silêncio da noite: que as raízes não são ventiladas... porque nelas vive o próprio vento.
termino dizendo que hoje já sei o que procurar: como se
"Montam e desmontam constelações". brilhante!
um abraço, caro amigo!
nas asas da drosófila melanogaster tem poesia também. o relógio é o tempo que urge no pulso. e quem sopra (in)ventos para as raízes crescerem?
ResponderExcluirHoje me lembrei da Batalha de Trafalgar, será o começo da demência?
abração
Essa brincadeira de degustar poemas acaba em vício.
ResponderExcluirE é bom vir aqui tomar doses cavalares da sua poesia para preencher esse vazio existencial.
Ainda bem que existe o palimpsesto para
gravar a nossa inútil dor.
Aquele abraço, Marcantonio.
Cirandeira, obrigado pela visita e pelo incentivo expresso nas suas palavras. Espero que o meu novo comentário à sua postagem tenha ajudado a esclarecer as dúvidas. Essa questão de conceituar a arte é uma das mais espinhosas! Rs.
ResponderExcluirMas volte mesmo!
Abraço!
Ô Andrea, essa sua volta ao Egito Antigo para falar da bicicleta foi muito legal! Em vez de bicicleta eles sepultavam barcas para o faraó poder atravessar o Nilo.
ResponderExcluirCá entre nós, há três coisas que eu lamento muito não saber fazer: andar de bicicleta, nadar e dançar. Desconfio que essas "ingnoranças" me apartam de uma boa dose de prazer na vida. Será que ainda dá tempo de aprender?
Um beijo.
Jorge, essas raízes de vento poderiam ocupar o lugar daquele pássaro exonerado como forma persistente de interligar terra e céu no poema. Que tal?
ResponderExcluirConstelações de moscas... E eu que me pergunto sobre como se montam e se desmontam certas imagens! Obrigado, Jorge.
Grande abraço!
Assis, os seus comentários aqui são como afluentes poéticos.
ResponderExcluirMas, Assis, Batalha de Trafalgar? Rapaz, eu que das batalhas napoleônicas só me lembrava vagamente de Waterloo e do duque de Wellington e que já estava confundindo o Almirante Nélson, o inglês, com seu homônimo da série televisiva Viagem ao Fundo do Mar, vivido pelo ator submarino Richard Basehart (muito familiar nas manhãs da minha meninice), tratei de me socorrer com a Wikipédia. Rs.
Não, certamente que não é o início da demência. Deve haver aí alguma razão da qual ainda não nos demos conta. Mas que batalha, hein!
Abração, Assis!
Paulo Jorge, é verdade. É viciante, e a gente vai fazendo diariamente uma antologia movida a cliques transgeográficos (isso existe?). Quando passo em frente à minha estante, já ouço os livros dos meus autores preferidos resmungando de despeito ou ciúme! Fazer o que?
ResponderExcluirApesar de que dizem que há um tempo de plantio e um tempo de colheita.
Dores grafadas em palimpsestos são as melhores. A gente raspa e arruma espaço para contar outra história.
A sua visita aqui é sempre um prazer.
Grande abraço!
Simplesmente AMEI "Medições"!
ResponderExcluirFantástico!
Também sou do tipo que não usa relógio. rs
Beijo,
Doce de Lira
Marco, dançar todo mundo sabe, nem que seja desajeitado...rs
ResponderExcluirmas andar de bicicleta e nadar...ahh, nem dá pra descrever,a sensação é libertadora.
Corre pra aprender, dá tempo sim, sempre dá...
bicho esquisito você, mora no rio e não anda de bicicleta nem nada...se ainda fosse aqui em caxias, que não tem mar e é cheia de ladeiras...rs
um beijo
Renata, é bom vê-la de volta. Essa parte do Medições é inspirada na vida real: eu realmente não uso relógio! Rs.
ResponderExcluirObrigado, Renata.
Beijo.
Andrea, tá certo: quanto à dança não há desculpa. Mas eu adoro o mar! Vá se entender! É uma relação quase platônica, com pouco envolvimento físico, rs, porém, muito intensa. O mar é de quem o sabe olhar! Mas não foi aqui que aprendi a vê-lo de forma especial, e sim lá no Nordeste, na bela João Pessoa. Coisas da minha cabeça, do meu temperamento.
ResponderExcluirQuanto à bicicleta...
Beijo, Andrea.
Marco, tua escrita é sempre generosa. Muito se aprende por aqui... Três momentos que estão para além das medições dos sentidos sentidos.
ResponderExcluir"entre os galhos
e as folhas.
As raízes não são ventiladas."
E a tela... Belíssima!
Bjs, poeta, e inté!
Grandes pintor e poeta. Ambos em pé.
ResponderExcluirMarcantónio, gostei dos 3 poemas (mas adorei o último) o das moscas remeteu-me para o que as atrai...eheheh
ResponderExcluirAmei o quadro. Acho que resultou muito bem, para além do mais adoro Paris.
beijo
Boa noite, Marcantónio.
ResponderExcluirTenho andado arredio nos comentários (não nas visitas). Hoje deixo pegada.
Belíssimos poemas.
O que mais me entusiasma num poema são as portas que se abrem no nosso linguajar quotidiano metaforizado no poetar do poeta. E é isso que encontro nos poemas que aqui vou lendo.
Acresce que o poeta, para o ser, tem que ter uma voz própria que nos faz ouvir o silêncio nas palavras com que fala. Também isso aqui encontro.
Parabéns, Marcantónio.
Abraço.
Marcantonio
ResponderExcluirmenino, vc descobriu nesse poema lindo, a cura pra todas as minhas dores. preciso ventilar minhas raizes.... genial, genial....
Ju, obrigado. Olha, eu lhe garanto que eu é que tenho aprendido muito nas trocas realizadas aqui e nas trilhas por tantos blogs excelentes, de autores que têm muito o que dizer, como você, por exemplo.
ResponderExcluirUm beijo.
Gerana, obrigado. Em pé sim, entre uma queda e outra, e com o objetivo de ensaiar, experimentar e aprender.
ResponderExcluirAbraço.
Ô Em@, que bom encontrar um comentário seu aqui. Obrigado, e especialmente pela referência ao quadro.
ResponderExcluirJad, eu também me ressinto de não poder deixar pegadas por tantos sítios excelentes que visito, e, pior, de muitas vezes não ter tempo para ler e acompanhar tanto conteúdo relevante que nos é ofertado. Como no seu blog, por exemplo.
ResponderExcluirO seu comentário me impressionou, e agradeço muitíssimo as suas palavras. Se tenho esses atributos que você mencionou, deve ser devido a um cantar sincero e inadiável do qual não consigo me desviar, na busca de respostas para uma pergunta que pressinto, mas que ainda não soube formular.
Um abraço.
Ô Walkyria, que bom se é assim! Obrigado.
ResponderExcluirUm abraço.
putz,
ResponderExcluirfiquei com uma vontade imensa de pendurar um poema seu na minha parede.
gosto das suas invenções, poeta dos tons pastéis.
beijão, marquinho.
r.
Agradecido pela visita ao Rembrandt
ResponderExcluirgostei muito do seu espaço
retornarei com frequência
abraço
Arte atemporal!
ResponderExcluirSurpreendes a cada entrelinha, entre deixas seculares...
Beijos, caríssimo.
Ô Roberto, só concedo ser inventor de inutilidades. Se é que não perco tempo engatilhando alguns cacarecos que já estão mais pra lá do que pra cá!
ResponderExcluirSério: vindo de alguém com a sua sensibilidade, Roberto, considero esse comentário uma condecoração. Sinceramente.
Beijo.
Juan, vejo você tanto por aí. E aos poucos vou corrigindo algumas distrações.
ResponderExcluirO nome do seu blog é um dos mais belos que já vi, até porque o pintor Rembrandt está entre as minhas venerações.
Retorne sim. E a gente se encontra lá no Rembrandt.
Grande abraço.
Cris, Cris, muito bonito isso que você disse. Mas eu acho que não mereço esse atemporal. Talvez eu apenas repasse essas deixas seculares e acerte sem querer nas entrelinhas que pertencem mais ao leitor (ou ao espectador) do que ao autor.
ResponderExcluirBeijo.
Os 3 poemas, todos muito bons, principalmente o primeiro. A comparação com as moscas foi muito bem sacada, original e expressiva. Abraços!
ResponderExcluirMarcantonio, gostei demais das palavras se transformarem em moscas, moscas volantes como a tal que ainda tenho no olho, moscas que ficam nos perseguindo, zunindo tontas pela nossa cabeça. Genial! :)
ResponderExcluirmarcantonio,
ResponderExcluirvim ler e segui o link dos teus trabalhos.. caramba! eu não vou comentar nada agora, não seria correto dizer palavras corridas diante da surpresa agradável que eu tive ao ver apenas alguns dos trabalhos incríveis que você faz. eu sou absolutamente apaixonada por simbolismos e fiquei encantada com a quantidade de signos que pude encontrar nas telas. verei com calma e vou procurar comentar, principalmente para que você permaneça sabendo o quanto o trabalho tem impacto e beleza.
versos:
a metáfora com as moscas foi perfeita! escrever pode ser incômodo assim mesmo, quando as palavras perturbam a nossa volta sem se arrumarem imediatamente em um poema.. ficam zumbindo e zumbindo...
muito bom.
“medições” é quase metafísico e eu adorei a importância que foi dada ao equilíbrio do verso, como construção, mantendo as palavras em formação repetida nas estrofes.
também foi gratificante descobri-lo como alguém que dá importância a relatividade do tempo, filosoficamente falando.
“inventando”
é um jogo ótimo com a palavra que tem “ventando” na grafia, o poema ventou sobre você, árvore ao contrário, invertida. as raízes estarem destacadas do restante do verso deu grande efeito.
parabéns mais uma vez por suas criações tão sensíveis.
abraços!
Oi, Marquinho...encantada de ver tanta gente boa convergindo aqui para o Díário. Eu estava viajando, um pouco em retiro, fora desse tempo linear, ainda estou voltando (não voltei total...rs) e dou de cara com o Medições, quase um espelho nesse momento, eu que também não uso relógio pra contar esse tempo que aprisiona, e também o detesto...Sim, gostei dos outros, do Inventando também, muito, mas o "encontro" deu-se mesmo com o Medições.
ResponderExcluirAbraços,
Tânia
Marcantonio,
ResponderExcluirNão escolho nenhum, escolho todos, gosto de cada um.
Palavras que são moscas, um não-ser imensurável, e uma árvore que cresce de cima para baixo...
Sua obra em tela e palavras é fantástica!
bj
Rossana
Reiffer, obrigado uma vez mais pela visita e por suas palavras.
ResponderExcluirAbraço.
Bípede, por me sentir aqui e ali perseguido por certas palavras é que recorri a essa analogia. Não me pareceu original, na hora, mas muito natural. Gosto mesmo é da idéia de um sentido que se unifica apenas momentaneamente, como um breve pouso que desfaz a polissemia.
ResponderExcluirAbraço.
Betina, fico muito satisfeito que você tenha apreciado o meu trabalho como artista plástico. Realmente acho que a minha reflexão gira sempre em torno das possibilidades de utilização de certos símbolos e suas derivações, sua mudanças de território e permanência. Mas, afinal, o que não é simbólico, se tudo gira em torno da linguagem, não é? Quando tentamos implodir um símbolo não escapamos de tornar isso um ato simbólico. É incontornável.
ResponderExcluirQuanto à análise do poemas, gosto muito da forma como você a faz. É estimulante.
Abraços! (E obrigado!)
Tânia, estou tão acostumado com a sua presença aqui, você que ao longo dos últimos meses me estimulou tanto com os suas palavras e especial atenção, que sem um comentário seu parece que a postagem não fica completa. Mesmo sabendo que você esteja aproveitando um recesso. Sou um rematado egoísta mesmo!
ResponderExcluirSim, o tempo; precisamos fazer as pazes com ele. Se não podemos vencê-lo tratemos de nos unir a ele.
Abraços, Tânia.
Ô Rossana, obrigado. Imensurável é palavra tão bonita!
ResponderExcluirBEIJO.
Marcantonio!
ResponderExcluirGrata, poeta pelas visitas no Lampejo meu.
Sua poesia é sensitiva e geométrica! As Moscas, ficaram voando em mim. O poema em pé, fantástico!
Parabéns, poeta!
Abraços
Mirze