Como ter a disponibilidade criativa e lúdica de um anônimo construtor de castelos de cartas que se submete apenas às injunções do próprio medo (sagrado medo!) de que eles desabem diante dos seus próprios olhos?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Clareza

Em horas de delírio
tudo em mim se concentra
como se eu fosse a tônica
a que toda frase musical
retorna.


( Decantadas as coisas
que se misturam
à escuridão,
repousará no fundo
a sua obviedade. )


Eis o teor das minhas alucinações:
suponho ver todas as coisas
bastando-se a si mesmas...
Tão desprovidas de metáforas!
Tão refratárias à indagações!
Delirante, 
essa clareza me será o bastante..

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