Como ter a disponibilidade criativa e lúdica de um anônimo construtor de castelos de cartas que se submete apenas às injunções do próprio medo (sagrado medo!) de que eles desabem diante dos seus próprios olhos?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Coisas

Todas as coisas nos respondem.
Como oráculos
ecoam
ou ricocheteiam
o que lhes atiramos.

Dos semelhantes
recebemos enigmas
feitos do medo
que lhes emprestamos.

Das coisas inorgânicas,
um silêncio argiloso
ao qual a pergunta modela
e conforma.

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