SUMÁRIO
...................................................................................Amanhã
Viverei um dia
Que não seja sumariado
Pelo índice remissivo das horas.
Se não for amanhã
Será
...................................................................Depois de amanhã.
Mas, se acaso não for
Em um dos sete dias
Desta coerção semanal,
Quiçá esteja ele entre os dias da
......................................................................Próxima semana.
Vá que transcorram quatro semanas
E esse dia único não venha...
Não há de ser nada,
Ele me surpreenderá no
...........................................................................Mês que vem.
Porém, se os meses se contarem doze
E não propiciarem esse dia,
Ele virá no
............................................................................Ano seguinte!
Ora, mas se ele não incidir
Sobre uma dúzia de anos? Paciência,
Eu aguardarei esse dia improvável
Para os oito anos restantes da
.......................................................................Década vindoura.
No entanto, se as décadas rolarem por
.............................................................................. Meio século,
Receio que esse dia de liberdade
Não virá mais, não chegará antes do
...................................................................Fim do meu tempo.
Ou será ele próprio o
.................................................................................Último dia?
Você me fez lembrar de Beckett e seu Godot. O homem que espera não deve deixar de olhar adiante e de desejar o caminho a qualquer momento.
ResponderExcluirBeijo carinhoso querido!
"OS DIAS NA ESPERANÇA DE UM SÓ DIA
ResponderExcluirPASSAVA CONTENTANDO-SE COM VÊ-LA"
A LIBERDADE VEM A PASSOS LENTOS...
ABRAÇO POETA!
espetacular!!!
ResponderExcluirperdi-me, perdi-me e voltei a perder-me nesse seu poema!
Beijo
Laura
'Dá-me, senhor, coragem e alegria para alcançar o cume deste dia" JLB
ResponderExcluirabraço
ou ainda nenhum...
ResponderExcluirO tempo presente
é um exílio que se estende
segundo a segundo.
***
Muito bom seu poema!
Marcantonio, "roubei" um quadro e coloquei no meu blogue. Obrigada!
ResponderExcluirBeijos
Laura
O poema nosso de cada dia nos dai hoje. O poema? Baudelaire pedia um verso apenas. Vou pedir uma palavra. Vou pedir que eu descubra na palavra a iluminação da imagem.
ResponderExcluirUm grande abraço, Marcantonio.
Brandão.
Ele virá, Marcantonio!
ResponderExcluirDo contrário, ficaremos órfãos dos seus poemas.
Um verso, uma imagem, uns rabiscos, qualquer coisa serve.
Pense em nós que amamos seus poemas! Surpreenda o dia, os meses e as décadas.
Beijos
Mirze
empresta-me algumas garrafas de bom vinho para que a minha bebedeira me leve sem pressa! :)
ResponderExcluirbjs
brilhante! é que o tempo do homem se reúne no instante, como se vive o hoje. isso alumia
ResponderExcluirBEIJO
Um tipo de esperança que empurra a gente pela vida afora. Só o pressentimento desse dia nos segura e até dá alegria. Uma lanterna que nos permite andar melhor.
ResponderExcluirBeijo, Marco.
Lindo, Marquinho!!! Conteúdo e forma instigando seguir a urgência e a espera das horas (ou da Hora).
ResponderExcluirLembro de José de Alencar quando escreve sobre o absurdo de o homem, esse ser tão afetado pelo que é belo ( e haja coisa bela no mundo...)ficar se regulando por uma agulha de metal.
Adorei!!!
Beijinhos...
Realmente impressionante, o dia da liberdade, sim um dia tão aguardado e simultaneamente tão rejeitado. (Assumindo a liberdade como o momento de romper com as amarras dessa vida)
ResponderExcluirLindo Marcantonio, lindo! Coisa boa é te ler. Que sejam por décadas...
ResponderExcluirLindo Marcantonio! Gratidão e que possa apreciar- te por décadas e décadas... Amo-te!
ResponderExcluirCom carinho,
Sílvia