terça-feira, 11 de maio de 2010
Um Desdobramento
O FUNDO, A FACE
O que em mim
vai por dentro,
ocluso, oculto,
o poema devora.
O que em mim
é silêncio denso
no poema se arvora
em ramas sonoras.
O que em mim
é caixa interna,
canopo, relicário,
no poema é lápide,
epitáfio vário.
O que em mim
é amplo fosso,
no poema é face,
escorço.
O que retenho,
lenha,
o poema inflama
e resenha
em chamas.
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Serei Poeta?
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Marcantonio, mago das palavras
ResponderExcluirQuisera saber o segredo que guardas...
Um abraço
A zélia sintetizou tudo: mago das palavras! Surpreendo-me com o inusitado nos seus textos. Você parece renovar-se a cada instante. Ou é um olhar-se pelos quatro-todos-os-cantos de si, de modo a nada perder, tudo é reciclado em verdadeiras pérolas. E muito bom nisso tudo é que ler você me renova, faz rebentos onde havia terra seca. O vídeo é outra pérola. Como que não: se faz poesia com a palavra, com o olhar, com o silêncio, com os objetos...Maravilhoso, tudo. Você-poeta é uma grata surpresa, um encontro marcante. Parabéns, mesmo!!
ResponderExcluirAbraços,
Tânia
o que em mim é poesia.
ResponderExcluiré, de ti, admiração.
bom te ler, marcantônio.
é muito bom te ler.
Zélia, eu também gostaria de saber; devo tê-lo guardado com tal cuidado, que acabei me perdendo dele.
ResponderExcluirObrigado, querida.
Um abraço.
Tânia, obrigado.Na verdade, eu coloquei este outro poema em função do seu comentário anterior, como um desdobramento. Os seus comentários são muito estimulantes,um verdadeiro diálogo. Você vai me deixar mal acostumado(Rs).
ResponderExcluirAbraços.
Ô Roberto, obrigado. E posso dizer com absoluta sinceridade que a recíproca é verdadeira.
ResponderExcluirAbração.
Um jogo interessante com as palavras, com movimento pendular, ritmo em 2: gostei bastante de conhecer sua poesia.
ResponderExcluirObrigada pela visita ao Leitora.
Gerana, obrigado.
ResponderExcluirGostei bastante da proposta do Leitora Crítica e, claro, pretendo acompanhá-lo de perto.
Um abraço.
Olá, caro colega.
ResponderExcluirBelo poema.
Realmente traduz, na minha humilde opinião, como a poesia se mostra em relação aos sentimentos e a essência de quem escreve e acalenta as dores de quem lê.
Realmente a poesia liberta e acalenta as mazelas e agignata os prazeres.
"O que em mim
é silêncio denso
no poema se arvora
em ramas sonoras."
Brilhantes versos.
Até mais!
Ah, MArquinho, estou com vontade de fazer isso há tempo, vou pegar emprestado seu poema e postar na Casa da Imaginação. A dúvida é qual deles, são tantos de que gosto muito...
ResponderExcluirMas vou levar esse primeiro dessa vez...
Abraços,
Tânia
João, muito obrigado pela visita. Gostei dessa imagem da relação escrever/acalentar.
ResponderExcluirAbração.
Tânia, como agradecer o seu carinho para comigo?
ResponderExcluirCertamente o poema vai ganhar outra dimensão entre as as belas nuances do seu Roxo-violeta.
Obrigado, querida.
Gostei uns tantos do poema, assim desmesuradamente. Fiquei também de encantamentos extasiado com as imagens - Canopo. És versado em magias. Abraço
ResponderExcluirAssis! Olha só quem fala! Você sim põe e dispõe as palavras com magia. Não sou versado não. Acho que sou é meio transversal nessas experiências, e ensaios.
ResponderExcluirGrande abraço.
gostei do encontro da poesia com o vídeo
ResponderExcluirEdiney, obrigado. É bom vê-lo aqui.
ResponderExcluirAbraço.
Marcantônio,
ResponderExcluirNo fundo, no found, eu já sacava tua face lá no brógui do Roberto. Eis-me aqui, não mais ocluso nem oculto, mirando o que teu poema arvora deverasmente dentro: sonoro silêncio.
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
Pedro, recebo com alegria o seu abraço mineiro. Já ouvi por aí tantas referências carinhosas a você. Rapaz, mas eu devo ser um caso raro de timidez via internet, tenho pudores de parecer intruso, fico olhando/ lendo, respeitoso, calado,receoso de profanar-comentar. Pode isso? Mas, tô melhorando.
ResponderExcluirÉ realmente um prazer vê-lo passar por aqui.
Abração.
É, você expressou de maneira precisa o que eu sinto em relação aos poemas. Eles 'despem' a alma, nisso eu acredito.
ResponderExcluirAdorei, adorei!
Meus parabéns!
Aline,a sua leitura é sensível e atenta. É muito bom quando a gente recebe comentários sobre postagens anteriores. Faz o blog parecer muito mais amplo, não é?
ResponderExcluirObrigado, uma vez mais.
Tenho uma grande admiração pela forma com que este cara faz este blog, o grande mago marcantonio, como bem disse Zélia...a forma com que vc escreve e mostra poesia nas coisas. Este blog tem espaço para uma grande tese sobre semiologia e ciências do saber.
ResponderExcluirJá venho aqui ler faz um tempo, e esta caixa de badulaques com o poema diz muito sobre nós seres mortais. Abraço!
Petro, rapaz, agradeço as suas palavras. Realmente a minha intenção era refletir sobre o quanto de nós se entranha nos objetos e vice-versa; se podemos através deles, reconstruir simbolicamente a trajetória fugaz de uma vida.
ResponderExcluirAbração!