Como ter a disponibilidade criativa e lúdica de um anônimo construtor de castelos de cartas que se submete apenas às injunções do próprio medo (sagrado medo!) de que eles desabem diante dos seus próprios olhos?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Fogem as Imagens

Aonde foram todas as visões que tive?
Viajaram tantas coisas que vi?
De onde me enviam esses postais
giratórios,
pálidos cata-ventos
discos de Newton em aceleração?






















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14 comentários:

  1. para onde rumam as coisas quando elas se vão?

    grande abraço

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  2. Pudéssemos saber, Assis. Ainda estou aqui em estado de alumbramento após a leitura do seu poema de hoje. Bonito demais!

    Abração, poeta!

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  3. Ocorreu-me perguntar de outra forma: "Para onde fui depois que todas as visões me tiveram?".

    Beijos, Marquinhos

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  4. as vezes é por conta dos olhos acelerados, irmão!

    Depois dá uma olhada com carinho nas obras do Miguel Gontijo. Se já não conhecer é claro...

    Ele fez uma intervenções em enciclopédias Barsa muito interessantes, fora outros objetos e pinturas.

    Grande abraço!

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  5. Talvez os cata-ventos tenham catado também as suas visões, mas perdoe-os por isso, não fazem por mal, é que engolem tudo o que encontram pelo caminho, vão juntando ventos, visões e pensamentos, transformando-os todos misturados numa roda de sonhos, para a confusão de alguns olhos e alegria de alguns corações.

    Beijo-te com o carinho de sempre. =P

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  6. Tânia, e lhe ocorreu bem! Não é nem uma variação, é outro poema.

    Beijo.

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  7. Fouad, rapaz, obrigado pela bela dica! Não conhecia, e fiquei impressionado, principalmente pela semelhança com as coisas que faço. Inclusive, ele usou a mesma gravura de Dürer (Melancolia I) em uma série, coisa que também fiz, embora de forma diversa. Também tenho um projeto para trabalhar com o 'objeto' livro, aguardando a oportunidade.

    Abração!

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  8. Kenia, isso é um poema-em-prosa-comentário! Cata-ventos famintos de sonhos e visões. Obrigado sempre, querida,

    Um beijo.

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  9. é um spectrum embaçado...é a umidade do ar, quando chove quase tudo é cinza.

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  10. sensação de vida em única cor ou que estamos nos repetindo de tal maneira que nada mais é novidade

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  11. Ei Marcão!

    Você viu que eu nem tô puxando lenha pra sardinha dos modernistas, né? E mandando os parnasianos pro espaço! rsrs

    Quanto a Anita, pelo que a história registra, ela se recuperou, mas ainda pego o Monteiro de jeito!!! rsrs

    Abração!

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  12. Adriana,o espectros fogem mais rápidos ainda na chuva. Ouço as correntes cortando as poças d'água!

    Abraço.

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  13. Ediney, mas há ainda a possibilidade do encantamento, não é?

    Abração!

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  14. Claro, Fouad. O Bilac tá praticamente (literalmente) sem vida. Rs. E o Lobato errou feio! Ele também fazia lá as suas reinações errôneas. Sempre que leio sobre isso fico até envergonhado.

    Abração!

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